O usuário de um sistema P2P quer saber quanto tempo ele levará para obter um determinado arquivo e
quanto de banda sua consulta irá consumir. Esses dois parâmetros têm um impacto direto na utilização
e no sucesso de um sistema.
Dentre os problemas que podem afetar o desempenho da rede P2P descentralizada do Freenet,
podemos citar a comunicação de rede. A velocidade de conexão é menos do que a velocidade
de E/S (entrada/saída) e de processamento, o que causa um gargalo na comunicação.
Este problema é enfatizado pela grande natureza paralela do Freenet. Outro ponto é que como
não existe um armazenador central de índices, as mensagens devem passar por muitos “hops”,
para buscar através do sistema o arquivo desejado.
Cada “hop” não só adiciona carga à banda total como também aumenta o tempo necessário
para a realização da consulta. Se um para for inalcançável, pode levar vários minutos até que
a comunicação seja interrompida. Uma necessidade que ocorre em todos os sistemas P2P
é a dependência da presença de uma base de usuários participativa, cooperativa e suficiente
para que o sistema possa funcionar com agilidade.
Efeito “small world”
Duas características que podem distinguir um sistema “small world” são:
O efeito “small world” é fundamental para a operação do Freenet. Ele é importante porque define o
problema do posicionamento do arquivo numa rede P2P descentralizada e auto- configurável
como o Freenet.
No Freenet as consultas são repassadas através dos nós para o próximo local de decisão no
qual o recipiente potencial pode trazer maior progresso para o alvo. As mensagens não são
alvo de um específico par mas relaciona qualquer par que tenha o arquivo desejável no seu disco.
Apesar de a rede ser longa, deve existir rotas curtas. Numa simulação da rede Freenet, com mil nós
idênticos, que estavam inicialmente vazios, metades das requisições da rede obtiveram sucesso com
seis “hops”. Um quarto das requisições obtiveram sucesso com três ou menos “hops”.
Comparado com a Internet como uma rede “small world” com tamanho de percurso característico
de 19, o Freenet obteve uma boa média de desempenho, mas um fraco pior caso, por causa de
umas escolhas de rota ruins que podem lançar a requisição completamente fora do percurso.
O roteamento de requisições é a chave da eficiência e escalabilidade do Freenet.
Ele também permite aos dados se “movimentarem”. Cada nó tenta encaminhar sua requisição
cada vez mais próximo do dado, a busca é muita mais poderosa que uma busca linear e muito
mais eficiente que um broadcast.
Questões de desempenho
Confiança
Uma vez ativado o sistema, o usuário está apto o realizar transferência de arquivos, podem
providenciar alguma garanta de que seus códigos não sejam corrompidos e facilitem a
construção de uma reputação associada a seus nomes chave.
Contabilidade
A lição principal para um desenvolvedor P2P é que sem contabilidade é difícil executar regras de
responsabilidade social. Como o Usenet e o e-mail, hoje os sistemas P2P correm o risco de
sofrerem abusos de propagadas não solicitadas (spams).
Segurança
Firewalls, IP dinâmico e NAT cresceram além da necessidade na arquitetura da Internet de se
tornar um sistema escalável e seguro. Novas aplicações P2P desafiam essa arquitetura demandando
que os participantes sirvam recursos como também os usem.
Interoperabilidade através de “gateways”
Firewalls são colocados nos gateways entre a rede interna e a Internet. Ele é uma ferramenta
de segurança muito útil, porém é um sério obstáculo para o modelo de comunicação P2P.
Largura de Banda Assimétrica
Em conexões de rede como as ADSL (Assimetric Digital Subscribe Line), existe um
favorecimento ao uso dos clientes frente aos servidores. O problema hoje é que as aplicações
P2P estão mudando a concepção de que os usuários finais desejem apenas realizar
“downloads” da Internet, nunca “uploads”.
Isto resultou numa infra-estrutura de rede que é otimizada para computadores que são apenas
clientes, não servidores. Porém a tecnologia P2P faz com que cada par aja tanto com o cliente
quanto como servidor tornando a concepção anterior incorreta. Portanto a arquitetura de rede
que existe hoje terá que passar por uma grande mudança para lidar com este novo modelo de tráfego.
Abuso da porta 80
A porta 80 é a porta utilizada para o tráfego http quando as pessoas navegam pela Internet.
Os Firewalls basicamente filtram o tráfego baseado na sua direção e na sua porta de destino.
As mais atuais aplicações P2P utilizam de alguma forma a porta 80 para burlar uma eventual
política de segurança de rede. O problema é que não existe uma boa maneira de identificar qual
aplicação está passando por uma porta. Também mesmo que a aplicação possua uma razão
egítima para atravessar o Firewall, não existe uma maneira simples de se pedir uma permissão.
Anonimato
Como nenhum nó pode dizer de onde chegou um pedido além do nó que o enviou, é muito difícil
encontrar a pessoa que começou esse pedido. O Freenet não fornece um anonimato perfeito porque
isto causaria um desequilíbrio entre eficiência e usabilidade. Se alguém quer saber exatamente
o que outro usuário está fazendo, dados os recursos do sistema, ele conseguirá. Entretanto o
Freenet busca parar a indiscriminada fiscalização maciça das pessoas.
O Freenet e mais uma boa opção para compartilhamento servidores de arquivos impressoras,
um bom local onde você poderá alocar seus sites, blogs etc, tem muita coisa para ser explorada,
então nada mal experimentar e estudar um pouco mais essa ferramenta Open-source .
DIVIRTA-SE
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